Sala São Francisco de Assis
Como surgiu a sala: Através da Irmã Nivalda, que se articulou com outra sala da Rede Fitovida e trouxe os cursos de fitoterápicos e reconhecimentos das ervas e seu uso para as integrantes da sala Kolping*, que já atuava na igreja com trabalhos de cunho social. Quando iniciaram não tinham nenhuma estrutura, mas com o desejo e entusiasmo de todos, cada um foi trazendo o que podia e assim realizaram a estruturação da sala.
Como se organizam: Atualmente compram as ervas no palácio das ervas, por saberem a origem das plantas e seu cultivo. Dividem-se nas tarefas da sala como: rotular, colocar os produtos nas embalagens, possui tesoureiro, coordenação e secretaria. Todos fazem as demandas conforme o tempo disponível, por serem todos voluntários e terem outras obrigações. Os produtos são produzidos por Franzé, mas todos sabem fazer. Não seguem o padrão das outras salas devido a procura não ser assídua, não fazem as ficha, pois não estão tendo ganhos para repor os materiais.
*A Obra Kolping é um movimento social, popular e católico a serviço do trabalhador e sua família.
O que produzem: Compostos diversos, óleos anti-alérgico, óleos analgésicos, óleos otológico, pomadas, elixir variados, complexo para engordar, xaropes, soluções para micose e tinturas. No momento estão produzindo mais os compostos.
Divulgação e relação com a comunidade: Atualmente não estão tendo muita procura, com isto estão se articulando com os projetos da igreja e com o posto de saúde local para poder ter mais público e formas de divulgar. A divulgação se dá mais no boca- a- boca, pois não tem muito apoio local.
O que entendem por estar em Rede: A importância das trocas de conhecimento, fortalecimento para as salas. As partilhas onde se tem os depoimentos de usuários dos produtos é a grande recompensa e certeza de estarem fazendo um bom trabalho. Franzé afirma “caminhos da informação, segurança e firmeza e endossa nosso trabalho”. Também por saber que os conhecimentos são inesgotáveis, sempre se conhece algo novo, diz Regina Simões. Maria rosário diz que os encontros se tem a proporção da importância do saber e do trabalho com as ervas.
Cultura tradicional- saber popular: Por ser um trabalho que é feito embasado no saber popular, gera dúvidas. É um saber ancestral no qual se aprende de mãe para filho, os integrantes da sala em maioria tiveram esse cuidado na sua infância, até por que era difícil acesso aos medicamentos alopáticos, e hoje passam esses saberes para seus familiares. Afirmam que antigamente era normal ter no quintal pé de frutas e ervas, mas hoje esta tudo se perdendo e se desvalorizando, lamentam.
Interesse da juventude: Como hoje o sistema esta favorecendo o imediatismo, a tecnologia afasta os jovens do saber popular, até mesmo da família. Mas quando se tem criança que os pais usam as ervas, ele vai crescendo com este saber e acaba até que contribuindo.
Dificuldades: Desanimo pela falta de procura e pela falta de divulgação. Muitos da comunidade que já usaram e se curaram, não incentivam os outros da comunidade isso deixa os integrantes tristes e desanimados. Já tentaram realizar cursos para poder disseminar o saber, mas a comunidade prefere ir lá comprar pronto, e essa não é a ideia.
Informações complementares: Todo trabalho feito na sala esta embasado no amor pelo próximo, perseverança, intuito de passar o conhecimento, trabalho de terapia para as pessoas e economia, a convivência que proporciona integração social, e o pagamento disso tudo é o bem estar do próximo,
Fundação: 30/06/2009
Integrantes: Regina Simões, Maria Rosário pontes, Maria José da Silva, Geralda carvalho, Edna Maria Pinheiro, Elienaldo campos e Francisco José (Franzé).
Contatos: 9451.3019
Dias de atendimento: segunda e quarta feira de 9 as 11h
Local: Rua João Batista, 660 A /Paróquia Bom Jesus – Manguariba /cep:23065.000